Eu procuro uma harmonia entre a profissão, ambiente de trabalho e a cidade onde moro. Até o momento confesso, ainda não encontrei. E é justamente por isso que eu vou continuar, seguir em frente até eu encontrar por que disso depende a minha felicidade e da minha esposa.

As escolhas, sem dúvida, são respostas pontuais que nos levam à felicidade ou à angústia. Entre 2006 e 2013 eu morei em Brasília-DF vivi momentos muito bons oscilando entre outros tantos ruins. Nesse período cravei uma certeza em minha mente: quero montar o meu próprio negócio. Achei que essa escolha me daria a felicidade plena e me enganei. Não pelo negócio, mas pela troca de cidade. Troquei Brasília por Grajaú, uma cidade no interior do estado do Maranhão, com pouco mais de 60 mil habitantes onde passei boa parte da minha adolescência.

Desde que cheguei aqui, no dia 10 de abril de 2013, não tenho me sentido feliz. O trabalho vem se desenvolvendo com êxito e com perspectivas de melhoras em breve, mas não consigo continuar. Sinto-me preso e os horizontes parecem um tanto limitados: seja para o lazer, para a cultura e a para a educação. O sonho do negócio próprio ficará para outra oportunidade, num futuro não muito distante. Mas a cidade, essa sim, tem que ser outra a partir de agora.

Essas mudanças tão rápidas num período de tempo tão curto nos trazem medo, mas um medo natural cheio de questionamentos: dará certo? É isso mesmo que tenho que fazer? Não devo ficar mais tempo aqui? Conseguirei um bom emprego na nova cidade? Muitas perguntas e dúvidas que chegam a uma conclusão: sabendo que o erro me circunda, acredito em minha decisão que, mesmo com um possível erro, me levará a chegar a um novo ponto, fator de crescimento pessoal, conjugal e profissional. A nova escolha só me levará a potenciar a minha autoestima e confiança.

Sou do tipo que não gosto de me agarrar às forças externas para que tudo fique bem. Por isso tomo decisões como esta, de mais uma vez partir com o propósito de buscar a felicidade através de novas oportunidades profissionais e é claro, o fator moradia foi o primeiro impulsionador. Não acredito que a minha vida se resolverá com o passar do tempo sem a minha intervenção e escolha e não quero que isso se torne uma regra pela qual eu me oriente, pois se assim for, eu corro o risco de ficar dependente e perder o controle do meu próprio destino.

Dou esse novo passo. Irei morar numa cidade que já morei, mas quando era muito criança e irei viver ali novos desafios. O medo existe, mas irei superá-lo todos os dias. Acredito que posso crescer e esse novo ambiente é propício para os planos que eu tenho em mente para o presente e para o futuro. A decisão de voltar a morar numa grande cidade se concretizou a partir do momento em que eu percebi que onde eu estou hoje não consigo realizar a maioria das opções do leque. Neste momento me sinto com um frio na barriga e cheio de perguntas. Não tenho respostas prontas, mas vamos lá!