Resenha – Filme, Invictus

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domingo, 11 de março de 2012
Quando assisti ao Filme Mandela – Luta pela liberdade, do renomeado direitor Billie August, disse aqui na resenha que escrevi, que se tratava do longa-metragem de maior valor sentimental e humano que eu já havia assistido. Quatro meses depois, aqui estou eu a escrever nova resenha sobre mais um filme que trata da singular história de Nelson Mandela.

Invictus, 32º filme do diretor Clint Eastwood, longa que foi indicado ao Globo de Ouro - Melhor Direção 2010, que conta com os atores Morgan Freeman (Nelson Mandela) e Matt Damon (François Pienaar), ambos indicatos também ao globo de ouro, como melhores ator e coadjuvante, respectivamente, é um filme que parece dar continuidade a Mandela – Luta pela liberdade. Este narra a história do líder sul-africano da década de 1960 até 1990. Já Invictus começa quando Mandela deixa a prisão e assume a presidência da República Sul-Africana em 1994 e anos subsequentes.

Comovente como o filme de August, Invictus traz como diferencial o esporte Rugby, pano de fundo de todo o longa, usado sabiamente por Mandela para acabar com o fosso da segregação racial entre negros e brancos existente até ali. A um ano para a copa do mundo de rugby, que aconteceu em 1995, na África do Sul, Mandela assim que assume a presidência começa a se interessar pelo esporte: regras, defesa, ataque, e o mais importante: conhecer a seleção sul-africana de rugby, os chamados Springboks.

A grande dificuldade de Mandela de início, era tornar o esporte uma paixão nacional. Isso porque o rugby era praticado apenas pela elite branca sul-africana. Diante de uma minoria branca que disse “ele pode ganhar uma eleição, mas ele poderá governar um país”, Madiba, como é chamado pelos negros, acata linguagem universal do esporte para unir uma nação. Seu primeiro trabalho é transformar o rugby, um esporte também dos negros sul africanos. Ele consegue firmando uma parceria com o capitão dos Springboks, François Piennar, levando o esporte para as periferias do país. A ideia de Mandela: formar torcedores negros para a seleção sul africana, tornar o rugby uma paixão nacional e, por último, acabar definitivamente com o aparthaid.

Invictus é um filme recheado de lições de vida: respeito ao próximo, sem olhar as diferenças de cor, raça, sexo, estatus social; perdoar sempre, pois, como disse Madiba, no longa, “o perdão afasta o medo, por isso é uma arma poderosa” e o “perdão liberta a alma”; mais do que isso, Invictus mostra o potencial de Mandela em transformar os Springboks, time símbolo do aparthaid, em um símbolo da África do Sul, para negros e brancos.

Por tudo isso Invictus vale a pena ser assistido por qualquer sexo, idade, raça , cor e estatus social.

Parabéns ao filme de Clint Eastwood. Invictus é um filme emocionante. Não poderia haver escolha melhor do que Morgan Freeman para interpretar Mandela. Matt Damon também fez uma boa atuação como o jogador Piennar, apesar de eu achar que faltou mais empolgação de um verdadeiro líder para interpretá-lo. As imagens dos jogos no estádio, da periferia da África do Sul ficaram muito reais. Da mesma forma a trilha sonora é muito comovente.




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