A ilustração de capa da Revista VEJA da última semana simplesmente beirou a perfeição e foi a melhor entre todas as revistas que trouxeram o CEO da Apple, Steve Jobs, na edição de adeus ao gênio do nosso tempo. O trabalho tem tudo a ver com o que mais pregava Jobs: “A sofisticação está na simplicidade”. De fato, ele tinha razão ao buscar na simplicidade a funcionalidade e a beleza, pois não há nada mais bem sucedido do que entender algo e ao mesmo tempo achá-lo belo.

A VEJA de 13 de outubro, edição especial, buscou isso e conseguiu. Não só através da capa, mas na reportagem que traz um breve histórico da vida de Jobs e do desenvolvimento da sua empresa. Por meio de frases ditas e escritas pelo gênio, além de um capítulo inteiro da sua biografia autorizada, escrita por Walter Isaacson e intitulada simplesmente "Steve Jobs", a publicação quase que chega à excelência.

Trata-se do tipo de reportagem que envolve os leitores. Primeiro porque aborda um tema atual, que mexe com a vida das pessoas; segundo pela quebra de paradigmas através da narração de uma mudança de época encabeçada pelas novas tecnologias da informação. Terceiro porque os detalhes engrandecem o jornalismo apresentado.

Como não podia deixar de ser, não se mediu esforços para se apresentar várias visões. Para voltar mais uma vez ao assunto, a capa é primorosa e, ao mesmo tempo em que apresenta o cofundador da Apple usando uma de suas criações, o iPad, detalha também a logomarca da empresa em forma de nuvem, o mais novo invento de Jobs, apresentado mundialmente em junho deste ano.

É indispensável também mencionar que dentro dos vários aspectos apresentados sobre a Apple, Steve Jobs, sua carreira, ascensão da empresa, concorrentes como Bill Gates e sua Microsoft, não foi omitido que nem todas as criações da Apple tiveram a genialidade de Jobs à frente. É um erro que muitas publicações cometeram ao dedicar todo o trabalho da empresa a ele. É um detalhe que, se verdadeiro, poderia colocar a Apple em maus lençóis, pois a empresa agora estaria fragilizada com sua morte. Mas, na verdade, como foi claramente destacado pela reportagem, por traz deste grande homem há uma grande rede de excelentes profissionais que, ao seu comando também buscavam a perfeição nos seus produtos. E tudo indica que irá continuar.


Dar início a uma Assessoria de Comunicação, ou Assessoria de Imprensa numa pequena e/ou média organização requer cuidados, atenção e objetivos claros por parte do Assessor que assume o projeto. Isso porque se trata da implantação de um novo departamento que pouco ou quase nunca tem um papel conhecido/reconhecido pela direção e corpo de funcionários da instituição.

O primeiro trabalho a ser feito diante desse cenário é fazer conhecer os atributos da Assessoria de Comunicação, ou seja, comunicar para dentro, para que, a partir de casa, a comunicação tenha efeito na sociedade e junto aos stakeholders. Antes, porém, para que tudo isso caminhe conforme os projetos do Assessor de Comunicação, é preciso ter uma estrutura mínima.

Estrutura

Depende muito do que será feito, produzido pela Assessoria. Se atender a imprensa em entrevistas coletivas for acontecer com frequência, deve-se ter uma sala exclusiva para esse fim, com uma mesa central para os entrevistados e cadeiras confortáveis aos jornalistas. É importante que essa sala tenha uma ligação direta com a sala de imprensa, onde trabalham os redatores/jornalistas e o assessor de imprensa.

Como estamos falando de uma Assessoria de Comunicação para pequena e média organização, a sala de imprensa pode abrigar a mesma sala de reuniões de pauta, ou seja, um pequeno espaço com uma mesa que seja confortável para as reuniões semanais. A sala, porém, dever ser ampla.

Equipamentos

Nem só de um quadro de funcionários vive uma Assessoria de Comunicação, mas também de equipamentos e que sejam bons e atendam às necessidades. É imprescindível que o assessor saiba conquistar o seu espaço para trabalhar profissionalmente. Computadores com boa memória, com os programas necessários para a realização dos trabalhos, é o mínimo que se pode ter.

Boas máquinas fotográficas e gravadores digitais também são indispensáveis. Para o arquivamento das fotografias e áudios, deve-se ter um programa próprio que armazene os dados. Não pense em HD externo, pois já vi muitas assessorias de comunicação perderem longos anos de trabalho e de história da organização.

Vai trabalhar com produção e edição de vídeo, é preferível que se tenha uma câmara que filme em HD. O programa para armazenar os vídeos editados e originais também é necessário. Para a gravação dos offs de áudio e vídeo, não deixe de ter um pequeno estúdio com isolamento acústico. São ideais também para entrevistas. São importantes também jornais, revistas, uma TV com muitos canais, de preferência com TV a cabo, e, por fim, bom acesso à internet. Afinal, o Assessor de Comunicação trabalha com atualidades.

Partir para a estratégia

Com a estrutura montada, é hora de partir para o trabalho. O verdadeiro Assessor de Comunicação pensa estrategicamente. É um gestor da comunicação da instituição. Com tal responsabilidade é preciso ter claro o que deve ser feito para dar passos importantes para assegurar a boa imagem da institucional.

Alguns podem ainda pensar que trabalhar a imagem da organização significa apenas estampar o seu nome frequentemente em páginas de jornais, mas só isso já caiu por terra. A imagem institucional de uma pequena e média organização tem valor positivo quando trabalha com transparência, mostra resultados de trabalhos desenvolvidos, está totalmente visível para a sociedade. E como isso pode ser feito? A internet é uma ótima ferramenta que vem ganhando cada vez mais credibilidade com o crescimento das redes sociais. O site e as redes sociais da instituição, gerenciadas e monitoradas diariamente, portanto, devem ser os carros-chefe da
Assessoria de Comunicação.

Uma publicação impressa, um jornal-mural, também podem ser boas ferramentas, tanto para os funcionários como para a sociedade. O trabalho estratégico da Assessoria de Comunicação passa também pelo bom relacionamento com o assessorado. Essa sintonia deve ser transparente e frequente. Para isso, a sala de imprensa deverá estar próxima da direção da organização. A opinião e posição da instituição têm de estar em sintonia com os seus objetivos. Para que isso ocorra, o Assessor tem papel indispensável para direcionar o assessorado, seja para escrever artigos, como para falar à sociedade através dos veículos de comunicação e solicitações da imprensa. E se a organização quer estar na imprensa, que também tem alto poder de fazê-la aparecer, a instituição deve ter acessibilidade. Para isso, cabe ao Assessor dar medias trainings ao assessorado, ou seja, prepará-lo para lidar com os meios de comunicação. Ele deve também estar atento à sugesta de pautas para a imprensa.

Por enquanto ficamos por aqui. Este texto, porém, terá uma continuação. Os pontos apresentados aqui devem ser pensados e estudados para que seja dado início a uma Assessoria de Comunicação com êxito.